24/07/2012

História da Língua Portuguesa

A Maior Flor do Mundo | José Saramago

04/12/2010

LivroClip de Crime e Castigo, de Dostoiévski

04/09/2010

POLÍTICA E POLITICALHA (Rui Barbosa)

Volto a postar esse texto, justamente para que reflitamos sobre a essência da política. Afinal, somos políticos desde o nosso primeiro choro enquanto bebê. O que precisamos é acreditar na política e abrir os olhos com os politiqueiros de plantão que só sabem legislar em causa própria.  Mas nem tudo está perdido, afinal temos representantes novos, com passado limpo, que já mostrou que não tem medo de lutar contra os poderosos. "A esperança é a última que morre"


 A políca afina o espírito humano,educa os povos no conhecimento de si mesmos,desenvolve nos indivíduos a atividade, a coragem, a nobreza, a previsão , a energia, cria, apura, eleva o merecimento.Não é esse jogo da intriga, da inveja e da incapacidade, a que entre nós deu a alcunha de politicagem.Esta palavra não traduz ainda todo o desprezo do objetosignificado.Não há dúvida que rima bem com criadagem e parolagem, afilhadagem e ladroagem.Mas não tem o mesmo vigor de expressão que seus consoantes.Quem lhe dará com o batismo adequado?Politiquice? politiquismo?Politicaria? Politicalha? Neste último, sim, o sufixo pejorativo queima como um ferrete, e desperta ao ouvido uma consonância elucidativa. Política e politicalha não se confundem,não se parecem, não se relacionam uma com a outra.Antes se negam , se excluem, se repulsam mutuamente..A política é a arte de gerir o Estado, segundo princípios definidos, regras morais, leis escritas, ou tradiçõesrespeitáveis.A Politicalha é a industria de explorar o benefício de interesses pessoais.Constitui a politíca uma função , ou um conjunto das funções do organismo nacional: é o exercício normal das forças de uma nação consciente e senhora de si mesma.A Politicalha, pelo contrário,é o envenenamento crônico dos povos negligentes e viciosos pela contaminação de parasitas inexoráveis.A POLÍTICA é a higiene dos países moralmente sadios .A politicalha, a malária dos povos de moralidade estragada.
                                                                                                Rui Barbosa, em 18 de janeiro de 1917.

27/04/2010

Nomes de cores têm regras próprias de pluralização

Por Thaís Nicoleti

"Está presente em cereais integrais e verduras verde-escuro."


O plural dos nomes de cores costuma causar alguma confusão. Para elucidar o problema, vale a pena lembrar que esses termos geralmente são adjetivos compostos, portanto seguem a regra universal de palavras assim formadas: flexiona-se apenas o último elemento. Assim: camisas verde-escuras, paletó verde-escuro e assim por diante.

Pode ocorrer, entretanto, que o nome de cor seja tomado como substantivo (nesses casos, é antecedido de um artigo). A concordância será feita, então, de acordo com as regras dos substantivos compostos (pluralização de ambos os elementos). Assim: "Os verdes-escuros e os azuis mesclavam-se com tons mais claros".

Fica claro, então, que o primeiro passo é saber se estamos diante de um substantivo ou diante de um adjetivo, pois cada qual tem sua regra de pluralização. Estando diante do adjetivo, cumpre observar certas situações de emprego.

Um adjetivo, seja ele qual for, posposto a mais de um substantivo (referente a todos esses substantivos) poderá concordar com o elemento mais próximo ou com a totalidade dos substantivos, que, se tiverem gêneros diferentes, levarão o adjetivo para o masculino plural. No fragmento acima, o adjetivo "verde-escuro" refere-se apenas ao último elemento, portanto é com ele que concorda: verduras verde-escuras.

Cumpre ainda observar que, se o segundo elemento do adjetivo composto for um substantivo, o composto permanecerá invariável. É por isso que não têm plural adjetivos como os seguintes: amarelo-ouro, verde-limão, azul-turquesa, cor-de-rosa, cor de vinho etc. Caso apenas o substantivo indique a cor, também não haverá plural: camisas cinza, carros prata, vestidos laranja etc.
Abaixo, o fragmento corrigido:

Está presente em cereais integrais e verduras verde-escuras.

16/02/2010

Mato-grossenses podem tentar UFMT na 2ª fase do SiSU

Da Redação - Jardel Arruda


Quem é de Mato Grosso e ficou de fora da lista de aprovados na primeira etapa do SiSU (Sistema de Seleção Unificada) na UFMT (Universidade Federal de Mato Grosso) podem tentar a sorte nesta semana, na segunda etapa de inscrições, que reabriu nesta segunda-feira (15) e vai até sexta-feira (19).

Esta etapa é voltada para quem visa as vagas remanescentes na rodada inicial. No total, 65% das vagas da federal de Mato Grosso ainda estão disponíveis. Somente o curso de Medicina oferece 40 vagas na segunda etapa de inscrições. Essa oferta significa uma desistência de 50% dos aprovados na primeira etapa de matriculas, já que a universidade oferece 80 vagas no total.
Se por um lado esse número é considerado anormal e assusta, ele serve de esperança para quem ainda sonha com uma vaga no curso mais concorrido da federal de Mato Grosso. Para aqueles que buscam seguir carreira em outras áreas da Saúde ainda há mais opções. A UFMT ainda possui 49 vagas disponíveis em Enfermagem e 54 em Psicologia no campus Cuiabá, por exemplo.

Para quem tem disponibilidade de ir para o interior do estado, o campus do Pontal do Araguaia ainda possui 41 vagas em aberto na graduação de Enfermagem. No mesmo curso, Rondonópolis ainda oferece 55, enquanto Sinop, com uma das maiores ausências de matrículas em único curso, ainda possui 94 a preencher.
A graduação de Biomedicina, em Barra do Garças, que teve uma grande procura para inscrições na primeira etapa do SiSU, ainda oferece 39 vagas. Medicina Veterinária, do campus Sinop, também foi preterida pelos candidatos aprovados e possui 85 vagas a preencher.

Motivos possíveis

Entre os motivos mais apontados como possíveis causadores dessa ausência de matrículas estão os resultados de outras universidades que foram divulgados no decorrer desta semana e no fim da anterior.

Mackenzie, Universidades Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e Fuvest, em tese, seriam mais interessantes para os aprovados oriundos de outros estados, que, ao que tudo indica, parecem ser maioria na primeira etapa do SiSU.

Um dos indicadores que reforçam essa teoria é que dentre os 35% de matriculados, 80% são de Mato Grosso. Portanto, quem engrossa a cifra de abstenções são candidatos de outros estados.

Com a ‘saída’ dos concorrentes de fora de Mato Grosso, aumenta a chance de matrículas por parte dos mato-grossenses, mesmo tendo sido superados pela concorrência nacional em um primeiro momento.

fonte:http://www.olhardireto.com.br/noticias/exibir.asp?noticia=Mato-grossenses_podem_tentar_UFMT_na_2ª_fase_do_SiSU&id=83839

13/02/2010

"Forasteiros" do Enem na UFMT ainda são poucos, afirma reitora

11/02/2010 - 20h53
Redação 24 Horas News

Apenas 11% dos candidatos classificados pelo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) efetuaram suas matrículas até o final da tarde de quinta-feira no campus da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) em Cuiabá. Desses total, 80% são residentes em Mato Grosso, informou a reitora Maria Lúcia Cavalli Neder. Ou seja: poucos são os chamados "forasteiros". A reitora esclareceu, contudo, que esse é um resultado parcial e que, para se ter um quadro real sobre a ocupação das vagas, será preciso esperar até a conclusão da terceira etapa de matrícula.

Na avaliação da reitora, pelos números que já estão postos e pelo que, provavelmente, acontecerá até o final do processo, o receio dos estudantes locais de perderem as vagas para pessoas de outros estados pela abertura proporcionada pelo Enem é infundado e a proporção entre alunos do Estado e de outras regiões não será diferente dos anos anteriores.

Maria Lúcia Neder lembrou que, após essa primeira etapa que iniciou no dia 8 e irá até amanhã, dia 12, serão abertas mais duas – de 15 a 20 de fevereiro e de 1º a 3 de março, quando os candidatos que não foram classificados terão nova oportunidade de concorrer às vagas que não tiverem sido preenchidas. A reitora enfatizou a importância de os candidatos permanecerem atentos a esses prazos de modo a se inscreverem novamente.

No curso de medicina, que, usualmente, é o mais concorrido, foram matriculados, até o fechamento do boletim parcial, 52 alunos, dos quais 20 são de Mato Grosso. No curso de direito, que é o segundo mais concorrido, houve 25 matrículas para o período noturno, sendo 21 de alunos de Mato Grosso e 27 para o período matutino, sendo 24 de Mato Grosso.

Segundo ainda o boletim parcial, o curso de ciências contábeis já está com 22 alunos matriculados no curso matutino e 19 no noturno e todos são do Estado. Essa maioria de alunos locais também se verifica no curso de pedagogia, no qual, de 21 matriculados, 19 são de Mato Grosso.

A reitora declarou que nunca aceitou a tese de que os alunos de Mato Grosso são menos preparados do que os de outros estados brasileiros. Disse, ainda, que, após a conclusão de todas as etapas desse Enem, uma comissão do Conselho de Ensino e Pesquisa (Consepe) vai realizar um estudo sobre o processo seletivo 2010, com o objetivo de avaliar se a UFMT continuará ou não a adotá-lo como única forma de ingresso.

Ela acrescentou ainda que existe uma tendência a permanecer com essa opção, uma vez que ela democratiza o acesso por ser gratuita, bem como por ampliar o leque de escolha de universidades e cursos por parte dos candidatos.

06/02/2010

UFMT é a mais procurada do Brasil por estudantes que fizeram o EnemMais de 56 mil inscritos no Sistema de Seleção Unificada querem uma vaga na Universidade Federal de Mato Grosso.
Redação site TVCA com assessoria




O Ministério da Educação registrou, ao fim de seis dias, 793,9 mil inscrições de estudantes para os 974 cursos de graduação oferecidos por 51 instituições de educação superior que participam do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), sistema para promover a seleção dos candidatos às vagas em universidades públicas. A primeira etapa do processo seletivo foi encerrada às 23h59 de quarta-feira, 3.


O grande destaque desse total de inscrições é Mato Grosso. Das 51 instituições participantes do Sisu, a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) foi a mais procurada por candidatos de todo o Brasil, contabilizados todos os cursos com vagas disponíveis no sistema. Foram 56.703 inscritos buscando vagas no estado. Nesta primeira edição da seleção unificada, a UFMT ofereceu 5.008 vagas, distribuídas em 97 cursos.

O balanço das inscrições da primeira etapa mostra também que o curso de bacharelado interdisciplinar em ciência e tecnologia da Universidade Federal do ABC registrou a maior procura — 16.253 candidatos inscritos. Outro levantamento, que levou em consideração a unidade federativa do candidato, aponta o estado de São Paulo com o maior número de inscritos — 105.436.

O resultado da primeira etapa da seleção unificada será divulgado nesta sexta-feira, 5, e estará disponível para consulta na página eletrônica do Sisu.


Matrícula

Para garantir a vaga, os candidatos classificados devem fazer a matrícula na instituição para a qual foram classificados. O prazo de matrícula — o mesmo para todas as instituições — começa na segunda-feira, 8 de fevereiro, e vai até o dia 12. Os candidatos devem observar a documentação exigida pela universidade ou instituto federal de educação, ciência e tecnologia.

Participam da primeira edição da seleção unificada 23 universidades e 26 instituições federais de educação profissional. Ao todo, foram oferecidas 47,9 mil vagas em cursos superiores, entre bacharelados, licenciaturas e cursos tecnológicos. Além das instituições federais, a Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf) e a Escola Nacional de Ciências Estatísticas (Ence) participam do Sisu.


Segunda etapa

Os candidatos não selecionados nesta primeira etapa terão nova chance. Eles devem fazer a inscrição na segunda etapa, que começa no dia 15 próximo e vai até o dia 20. Serão oferecidas, então, as vagas não ocupadas na primeira fase.


fonte:http://rmtonline.globo.com/noticias.asp?em=2&p=2&n=479370

28/01/2010

Enem - uma operação de guerra (Arnaldo Niskier )

Não faço parte do grupo que critica violentamente o Enem. Considero uma boa iniciativa, sujeita a aperfeiçoamentos que estão sendo providenciados pelo MEC, para o ano próximo. Fazer as provas em duas etapas (em semestres distintos) já protege o exame do seu gigantismo, que torna quase impraticável a sua implementação. Vejam o que aconteceu: 38% dos inscritos não compareceram, dando um enorme prejuízo ao erário, pois as provas foram impressas e havia locais e professores para a eventualidade de uma presença integral. Quem paga pela imprevidência?


O Enem é uma espécie de operação de guerra. A primeira versão foi a tragédia conhecida, com a anulação do concurso, pela falta de cuidados essenciais dos vencedores da licitação, todos inexperientes. Veio a segunda versão, feita agora, e muitas universidades federais se retiraram do processo, diminuindo a importância do exame. Perda de confiança ou falta de tempo? Ficou a dúvida.

O que nos causou espécie, nas segundas provas, foi o aperto geral dado na elaboração das questões. Os alunos sentiram e se queixaram. Não há uma explicação lógica para a mudança de nível e os técnicos do Inep não vieram a público para esclarecer o fato. Aliás, outro erro indesculpável foi o conhecimento de que uma das questões (no 101) deveria ser anulada, por admitir duas respostas, e mesmo assim foi mantida. Prejuízo claro para os alunos, pois perderam um tempo precioso para escolher a opção que seria correta, quando havia duas respostas possíveis. Não se entende porque uma prova assim complexa não tem um gabarito confiável.

A dúvida jamais poderia ser repassada aos alunos, mesmo que a questão depois fosse anulada. Isso é de uma clara irresponsabilidade, como ficou provado pelas manifestações dos 2,5 milhões de estudantes que fizeram a prova de linguagens, onde ocorreu o fenômeno. Nenhuma desculpa é válida, ainda mais depois do que havia acontecido na primeira e fracassada versão.
Outra crítica está sendo feita – e se avoluma – pelos professores de língua portuguesa. As questões eram prolixas, muito texto, e pouquíssimo apelo aos conhecimentos de Gramática. Só o bom senso não pode ser o fator determinante do sucesso.


O que está acontecendo, meio na surdina, é que os linguistas tomaram de assalto a elaboração das questões e desprezaram, como é do seu estilo, a importância da Gramática para o bom conhecimento do nosso idioma. Não dá para justificar essa preferência, a menos que o Inep deseje entrar para a história como o órgão público que acabou com a Gramática, nas nossas escolas. De onde terá vindo essa esdrúxula orientação?

Não vamos diminuir a dificuldade de elaborar tantas questões, inclusive com as diferentes cores (quatro) que impedem a existência da antiga “cola”. É muito trabalho, sabemos disso, mas é preciso começar o processo com toda antecedência que garanta a lisura e a correção de tudo o que é feito, teoricamente por pessoas altamente qualificadas. Esses erros desmoralizam o empenho do próprio MEC e todos saem perdendo.

Autor: Arnaldo Niskier - é da Academia Brasileira de Letras e presidente do Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE/Rio).
Fonte: CH

UFMT oferece mais de 5 mil vagas na seleção unificada

A Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) está oferecendo um total de 5.008 vagas no processo seletivo de 2010, distribuídas em 97 cursos, oferecidos nos campi de Cuiabá, Rondonópolis, Sinop e Araguaia.


Desses 97 cursos, sete iniciarão neste ano e foram criados através do Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni), do Ministério da Educação (MEC). Serão 450 novas vagas distribuídas entre os cursos de bacharelado em Física (60 vagas), Estatística noturno (60 vagas), Saúde Coletiva (80 vagas) e Zootecnia (80 vagas), no Campus de Cuiabá; Ciências Econômicas (40 vagas), no Campus de Rondonópolis; Direito (65 vagas) e Engenharia Civil (65 vagas), no Campus do Araguaia.

No processo seletivo de 2010 a Universidade Federal do Mato Grosso adotará o Enem como fase única e para preenchimento de vagas remanescentes.

As vagas serão ofertadas no primeiro ou no segundo períodos e o candidato não poderá escolher o período de ingresso, sendo que os primeiros colocados aprovados serão alocados nos cursos com início no primeiro período e os demais no segundo período.

Para a matrícula, os candidatos deverão apresentar documento oficial de identidade; título de eleitor e comprovante de votação da última eleição; cadastro de pessoa física (CPF); e documento comprobatório de estar em dia com as obrigações militares, se candidato do sexo masculino com mais de 18 anos. Esses documentos deverão ser exibidos em original, com restituição ao interessado. Quanto ao certificado ou diploma de conclusão do ensino médio e ao histórico escolar do ensino médio ou o diploma de curso superior devidamente registrado, deverão ser entregues em cópia autenticada, sem restituição ao interessado.

Assessoria de Comunicação da UFMT

Inscrição para seleção unificada começa nesta sexta-feira, 29

Começa nesta sexta-feira, 29, a primeira etapa de inscrição no Sistema de Seleção Unificada (SiSU) para as vagas oferecidas por universidades federais e institutos federais de educação, ciência e tecnologia que adotaram a nota do Exame Nacional de Ensino Médio (Enem) como fase única do processo seletivo

O que é o Sistema de Seleção Unificada (SiSU)?


É o sistema informatizado, gerenciado pelo Ministério da Educação, por meio do qual as instituições públicas de educação superior participantes selecionarão novos estudantes exclusivamente pela nota obtida no Exame Nacional de Ensino Médio (Enem) 2009.

Quais as instituições e cursos participantes da seleção unificada?

A lista das instituições participantes do SiSU e dos cursos oferecidos pode ser consultada neste portal por meio do item "Vagas" ou do campo de busca. O candidato poderá fazer sua consulta por estado, instituição ou curso.

Quem pode se inscrever no Sistema de Seleção Unificada?

Podem se inscrever na seleção unificada os estudantes que fizeram o Enem 2009. É importante ressaltar que algumas instituições adotam notas mínimas para inscrição em determinados cursos. Nesse caso, no momento da inscrição, se a nota do candidato não for suficiente para concorrer àquele curso, o sistema emitirá uma mensagem com essa informação.

24/01/2010

Dez cuidados básicos para quem deseja aumentar o domínio do idioma e melhorar sua capacidade de comunicação no ano que se inicia

Para quem quer assumir novos desafios este ano, aprimorar a própria expressão em língua portuguesa não é problema a ser minimizado.




O desempenho no próprio idioma em diferentes situações formais é, em geral, tomado como diapasão de outros atributos da pessoa. Se somos descuidados com o português, no que mais seremos descuidados? Se alguém fala comigo de forma truncada, pode errar em outros momentos do nosso relacionamento.



O idioma é, como se vê nestas páginas, mais do que a gramática da língua. A expressão em língua portuguesa pode não se limitar a um decorar de regras gramaticais - sua premissa está em mostrar nossa versatilidade comunicativa e nossa capacidade de tirar de letra os diversos contextos em que nos metemos e os diferentes relacionamentos que mantemos. Saber português significa trabalhar melhor, namorar melhor, interagir melhor.



Ao seguir esse pressuposto, Língua sugere a seguir um programa de orientação para quem deseja aumentar o domínio sobre o idioma e, com isso, melhorar sua comunicação cotidiana neste ano que se inicia. São dez cuidados básicos que, não esgotando cada um dos temas aqui propostos, alertam sobre eventuais fragilidades pessoais ou são pontos de partida para a formação, a produção de textos e discursos orais ajustados às nossas necessidades comunicativas. Afinal, o modo como nos expressamos faz o idioma. As dicas que seguem podem tornar a expressão em língua portuguesa um obstáculo a menos a ser superado, ante os outros que o ano anuncia. (LCPJ)

1. A concordância na volta das férias

Cuidado antes de contar como passou a virada de ano e as horas de lazer

Sintaxe
O tropeço /A explicação / O correto

"Fazem" três semanas que viajei.
"Fazer", quando exprime tempo, é impessoal, fica no singular.
"Faz"

Chegou "em" São Paulo "a" dois dias e partirá daqui "há" cinco horas, a trabalho. Verbos de movimento exigem "a", e não "em" (vai ao cinema, levou a família à praia). Chegou "a" São Paulo "há" dois dias e partirá daqui "a" cinco horas, a trabalho.

"Houveram" muitos carros na estrada.
 "Há" indica passado (= "faz") e "a" indica distância ou tempo futuro (não equivale a "faz"). "Haver", como "existir", é invariável.
 "Houve"

"Há" dez dias "atrás" eu estava no Nordeste.
Redundância. "Há" e "atrás" têm a mesma função de indicar passado na frase.
"Há dez dias eu estava no Nordeste" ou "Dez dias atrás eu estava no Nordeste"

Se eu "ver" o agente de viagens de novo...
A conjugação de "ver" é: "se eu vir, revir, previr". Do verbo "vir": "se eu vier".
 Se eu "vir"

Eis o roteiro "onde" baseei a viagem.
O advérbio ou o pronome relativo "onde" expressa a ideia de lugar: "O hotel onde fiquei").
Eis o roteiro "em que" baseei a viagem.

Não "lhe" vi no aeroporto.
 O pronome "lhe" substitui "a ele", "a você", por isso não pode ser usado com objeto direto: "não o convidei"; "a mulher o deixou"; "ele a ama".
Não o "vi"

Para "mim" passar o réveillon.
 O pronome aqui age como sujeito da frase. Portanto,"mim" não passa o réveillon, porque não pode ser sujeito. Daí: "para eu passar", "para eu trazer", "para eu definir".
Para "eu" passar

Entre "eu" e você.
Depois de preposição (no caso, "entre"), usa-se "mim" ou "ti". Entre "mim" e você.

Preferi sair da cidade "do que" ficar.
Prefere-se sempre uma coisa "a" outra.
Preferi sair "a" ficar.

A guia era "meia" boba.
"Meio", como todo advérbio, não varia (não vai para o plural nem muda de gênero). "meio" boba

"Existe" muitos hotéis na região.
Verbos como "existir", "bastar", "faltar", "restar" e "sobrar" admitem o plural.
Existem

fonte:http://revistalingua.uol.com.br/textos.asp?codigo=11931

13/12/2009

O material escolar mais barato que existe na praça é o professor. (Jô Soares)

É jovem, não tem experiência.
É velho, está superado.

Não tem automóvel, é um pobre coitado.
Tem automóvel, chora de "barriga cheia".

Fala em voz alta, vive gritando.
Fala em tom normal, ninguém escuta.

Não falta ao colégio, é um "caxias".
Precisa faltar, é um "turista".

Conversa com os outros professores, está "malhando" os alunos.
Não conversa, é um desligado.

Dá muita matéria, não tem dó do aluno.
Dá pouca matéria, não prepara os alunos.

Brinca com a turma, é metido a engraçado.
Não brinca com a turma, é um chato.

Chama a atenção, é um grosso.
Não chama a atenção, não sabe se impor.

A prova é longa, não dá tempo.
A prova é curta, tira as chances do aluno.

Escreve muito, não explica.
Explica muito, o caderno não tem nada.

Fala corretamente, ninguém entende.
Fala a "língua" do aluno, não tem vocabulário.

Exige, é rude.
Elogia, é debochado.

O aluno é reprovado, é perseguição.
O aluno é aprovado, deu "mole".

É... o professor está sempre errado, mas, se você conseguiu ler até aqui, agradeça a ele.

08/12/2009

Unicamp muda vestibular 2011; candidatos farão três redações e 48 testes de múltipla escolha

A Comvest, comissão que organiza o vestibular da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), divulgou as mudanças para o vestibular 2011 da instituição nesta sexta (4).

As principais modificações no processo seletivo se referem à prova de redação, que passa a exigir três textos dos candidatos em vez de um e à prova de questões, que passará a ter 48 testes de múltipla escolha - antes as 12 perguntas exigiam respostas dissertativas. O tempo de duração da prova da primeira fase passará de quatro para cinco horas.

Os conteúdos não estarão mais divididos por disciplinas, mas sim em eixos do conhecimento, aproximando-se do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio). Na segunda fase, por exemplo, serão 24 perguntas sobre ciências da natureza (8 física + 8 química + 8 ciências biológicas) e 18 de ciências humanas (pelo menos 8 História e 8 Geografia e até 2 entre Filosofia, Sociologia e Artes), além de 12 questões de português, outras 12 de matemática e seis de língua inglesa.




1ª fase                 Como está                                                      Proposta
DuraçãoUm dia (duração de 4 horas)Um dia (duração de 5 horas)
Questões12 questões dissertativas48 questões de múltipla escolha
Redação

  • Três propostas (carta, dissertação e narrativa) para escolha de uma a ser desenvolvida;

  • coletânea de textos a serem usados na proposta escolhida


  • Candidato produzirá três textos de gêneros diversos;

  • haverá pelo menos um texto-fonte para cada texto a ser produzido

  • Enem20% da nota da primeira fase, uso opcional20% da nota da primeira fase, obrigatório a todos os candidatos
    Classificação para 2ª faseMínimo de 3, máximo de 8 candidatos por vaga em cada curso, com corte em 50% da nota da primeira faseNão muda
    A segunda fase também perde um dia de prova - antes era realizada em quatro dias consecutivos, essa etapa passa a ser realizada em três dias.


    Duração

  • 4 dias consecutivos;

  • 4 horas de prova em cada dia


  • 3 dias consecutivos;

  • 4 horas de prova em cada dia

  • Provas12 questões dissertativas de cada disciplina, totalizando 24 questões por dia:

  • Língua Portuguesa/Literaturas de LP + Ciências Biológicas;

  • Química + História;

  • Física + Geografia;

  • Matemática + Inglês

  • 24 questões dissertativas a cada dia:

  • 12 Língua Portuguesa/Literaturas LP + 12 Matemática;

  • 24 Ciências da Natureza (8 Física + 8 Química + 8 Ciências Biológicas);

  • 18 Ciências Humanas/etc. (pelo menos 8 História e 8 Geografia e até 2 entre Filosofia, Sociologia e Artes) + 6 Língua Inglesa

  • AptidãoProvas que avaliam habilidades específicas. Obrigatórias para candidatos de: artes, arquitetura e urbanismoNão muda, passa a ser denominada Prova de habilidades específicas
    PrioritáriasAté duas provas da segunda fase com pesos 1 ou 2, exceto aptidão (peso fixo 2)Até duas provas, com pesos:

  • 1, 2 ou 3: Provas de Língua Portuguesa/Literaturas LP ou de Matemática;

  • 2, 3 ou 4: Provas de Primeira Fase, de Ciências Humanas/etc., de Ciências da Natureza ou de Habilidades Específicas

  • Opções por cursosAté duas, em qualquer curso, exceto aqueles que exigem Prova de Aptidão, que não podem ser segunda opçãoNão muda
    Nota final e classificaçãoMédia ponderada das notas padronizadas, segundo as opções, cada curso estabelece as notas mínimas nas provas prioritárias para manter a preferência para 1ª opção na classificaçãoNão muda
    Número de questões108 questões dissertativas + 1 texto de redação120 questões (72 dissertativas + 48 múltipla escolha) + 3 textos de redação
    2ª              
    Como está                                                                   Proposta





    Enem passa a ser obrigatório

    O Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) passa a compor, obrigatoriamente, a nota da primeira fase. O Enem terá peso de 20% na nota da primeira fase.

    "Vamos observar os resultados do Enem [deste ano] em relação aos resultados da nossa primeira fase", disse Pedrosa. A comissão quer avaliar se o uso do exame na primeira fase vai dificultar ou facilitar o ingresso do candidato.

    O formato das provas de aptidão será mantido. Muda apenas a nomenclatura: elas passam a ser denominadas provas de habilidades específicas e seguem sendo realizadas após a segunda fase.

    fonte:http://vestibular.uol.com.br/

    MEC anula questão da prova de Linguagens do Enem




    O Ministério da Educação (MEC) anulou uma das 180 questões que compuseram o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), aplicado neste fim de semana para 2,5 milhões de inscritos.
    É a questão de número 101 no cadernos 5, 7 e 8 e de número 102 no caderno 6. Trata-se de um exercício relativo a uma charge, que avalia o uso da norma padrão da língua portuguesa. Confira no site do Inep as questões e o gabarito.
    Segundo o professor Miguel Castro Cerezo, do Sistema COC de Ensino, a questão foi anulada porque tanto a alternativa B quanto a C estão corretas. "As duas alternativas apresentam frase de acordo com a norma padrão da língua portuguesa", afirmou.
    fonte:http://noticias.terra.com.br/educacao/

    Conheça o seu provável desempenho no Enem 2009 05 de dezembro de 2009


    Para quem realizou o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2009 e está ansioso para saber os resultados antes da divulgação oficial, o Terra, em parceria com o Sistema COC de Ensino, oferece a possibilidade de conhecer o provável desempenho no Enem. Esse cálculo será realizado através de um exclusivo simulador de nota que está disponível pela internet. Basta realizar as provas, anotar as suas respostas e conferir o gabarito. Anote seus resultados e se cadastre-se no novo modelo de Simulador de Nota desenvolvido pelo COC. Confira em www.boletimenem.com.br seu desempenho com os resultados do 1º dia.
    Com esse sistema exclusivo de cálculo do resultado provável, além dos desempenhos, os candidatos terão uma estimativa de classificação em universidades federais que usarão exclusivamente o Enem 2009 como processo seletivo de acesso.
    Novo cálculo da nota
    Neste ano, o resultado da prova será calculado de uma forma diferente. O Instituto Nacional de Estados e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) adotou um sistema de correção baseado na TRI, Teoria de Resposta ao Item. Ele permite a comparação dos desempenhos dos candidatos, independentemente do ano em que o candidato fez a prova.
    Para que isso seja possível, as provas são formuladas pelo Inep com questões que apresentam graus de dificuldades equivalentes. Para cada questão, o sistema calcula a probabilidade de acerto de cada candidato, assim os desempenhos dos candidatos são gerados pelos acertos dos itens, considerando essas probabilidades calculadas.
    A TRI é um modelo estatístico usado na avaliação de habilidades e conhecimentos que avalia a probabilidade do candidato acertar uma questão. Ou seja, se ele acertar poucas respostas tidas como fáceis ele tem, consequentemente, menor chance de assinalar a resposta correta nas questões consideradas mais difíceis. A partir do resultado, se avalia quanto cada questão vale para ele.
    Com a TRI, dois candidatos que tenham acertado a mesma quantidade de itens na mesma prova poderão ter desempenhos completamente diferentes, pois esses desempenhos dependem de quais itens os candidatos acertaram na prova.

    Inep divulga novo gabarito do Enem 2009; confira


    O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) divulgou nesta segunda-feira a nova versão do gabarito do Exame Nacional do Ensino Médio (2009). Veja os gabaritos do primeiro dia e do segundo dia.
    A divulgação das respostas oficiais do exame, aplicado neste final de semana, estava prevista para as 20h do domingo, o que de fato ocorreu. Os gabaritos, no entanto, estavam errados. Segundo o Inep, o erro possui natureza técnica. O programa utilizado para realizar a passagem das respostas das provas para o gabarito final teve falhas. O resultado foi a mistura de dados entre os quatro modelos de provas aplicadas neste sábado e domingo e os consequentes gabaritos sem respostas corretas.

    19/11/2009

    DICAS DE PORTUGUÊS

    Saiba tudo sobre gramática e a forma como os diferentes tópicos são cobrados no vestibular. Semanalmente, o professor Dílson Catarino* tira dúvidas sobre a língua portuguesa e aborda um novo assunto. Depois de estudar, você pode testar os conhecimentos em exercícios sobre o assunto. Nesta semana, o professor tira dúvidas sobre a concordâncias entre substantivos e adjetivos. E se você tiver alguma dúvida, mande um e-mail para o professor.

    Clique no link abaixo e bom estudo!

    http://www1.folha.uol.com.br/folha/fovest/gramatica.shtml




    *DÍLSON CATARINO é professor de língua

    portuguesa e poeta. Ele leciona em Londrina (PR).
    Fale com o professor: dilster@uol.com.br

    ''Seguir'' é diferente de ''continuar''

    Por Thaís Nicoleti

    "Dinho segue internado na UTI"

    Cada vez mais comum nos textos da imprensa, o verbo "seguir" é usado como se fosse um verbo de ligação, sinônimo de "continuar". Esse emprego não tem registro na norma culta - pelo menos, por enquanto.

    Há quem siga um suspeito, há quem siga os ensinamentos de um guru, há quem siga a carreira universitária, há quem siga os passos de outrem etc. O fato é que "seguir" não é um sinônimo de "continuar", não indica o aspecto de permanência de estado.

    Numa frase como "fulano seguia cansado pela rua", justifica-se o emprego do verbo porque a pessoa, de fato, caminhava, coisa que não se verifica na construção empregada no título.

    Abaixo, uma sugestão:
    Dinho continua internado na UTI

    Fonte:http://educacao.uol.com.br/dicas-portugues/ult2781u1081.jhtm

    10/11/2009

    Verbo anteposto a partitivo concorda com o elemento mais próximo

    "É também o local por onde passam boa parte dos soldados que voltam do combate."
    O verbo concorda em número e pessoa com o núcleo do sujeito. Essa é a regra geral de concordância verbal no português. Há casos, entretanto, que costumam suscitar dúvidas. Um deles é o dos sujeitos constituídos de expressões partitivas (a maioria de, grande parte de, boa parte de etc.) seguidas de um elemento no plural. Nesses casos, há duas possibilidades de concordância verbal. O verbo tanto pode permanecer no singular, concordando com o núcleo do sujeito (representado pela expressão partitiva) como pode ir para o plural, concordando com o elemento que lhe é mais próximo (concordância atrativa). Assim: "Boa parte dos soldados volta" ou "Boa parte dos soldados voltam"; "Boa parte dos soldados passa" ou "Boa parte dos soldados passam".
    Ocorre que, para que essa regra funcione dessa maneira, é preciso que o verbo esteja posposto ao sujeito. O raciocínio é o seguinte: a concordância gramatical (com o núcleo da expressão) está correta em qualquer circunstância, pois obedece ao princípio geral de concordância, mas a concordância atrativa só se justifica pela proximidade com o termo pluralizado.
    É por isso que, no fragmento acima, não se justifica a forma "passam" anteposta a "boa parte dos soldados". Nessa posição, o elemento mais próximo é o núcleo do sujeito ("parte"), portanto só cabe o singular: "por onde passa boa parte dos soldados".
    Vale ainda uma observação sobre o segundo verbo do período ("voltam"), corretamente empregado no plural. Note-se que o sujeito de "voltam" é o pronome relativo "que", cujo antecedente é o termo "soldados", daí o plural. Os soldados voltam do combate; boa parte deles passa pelo local.
    Veja abaixo o texto corrigido:
    É também o local por onde passa boa parte dos soldados que voltam do combate.